sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Correria

   Realmente não consigo acreditar que a última vez que postei aqui foi no dia sete. Faculdade, estágio e agora o curso de francês estão realmente tomando o meu tempo. Mas apesar de tudo, eu gosto disso. Não, eu AMO isso! Não tem coisa melhor do que estar ocupada sabendo que todo o seu tempo está sendo tomado por coisas úteis. Nesse tempo em que fiquei sem aparecer por aqui, produzi muito na faculdade. Muito mesmo! E é muito bom ver o resultado final de tudo.
   Mesmo com a dificuldade em conciliar horários para gravar e editar os trabalhos, já que no 6º período são todos práticos, eu e meu grupo conseguimos administrar tudo de forma organizada. Apresentamos o "Nas Ondas do Rádio - História do Rádio" para a cadeira de Radiojornalismo I e posso dizer com toda a certeza e orgulho do mundo que foi um trabalho maravilhosamente bem feito por pessoas competentes e que amam o que fazem. Independente da correria, pouco tempo pra dormir e outras cadeiras para conciliar.
   E ainda assim o melhor de tudo é ver a resposta positiva da professora, que é uma das que mais amamos, com a finalização do trabalho. Não tem preço. Exagerei nos adjetivos mas vale a pena não é? Em algum momento é bom reconhecer sua própria competência, isso te ajuda a crescer. Nesse momento, eu e meu grupo estamos produzindo o segundo programa da cadeira e tenho certeza que vai ser ainda melhor. Além desse existem outros trabalhos que estão sendo produzidos.
   Porém, confesso que me incomoda o fato de não ter uma turma competitiva, que "chegue junto" para nos forçar a fazer trabalhos ainda melhores (não que isso seja exatamente necessário para melhorar ainda mais nossa produção). E me incomoda ainda mais o fato de essa mesma turma não reconhecer a sorte que tem ao pegar uma professora de Radiojornalismo como a que temos. E o pior de tudo é ver pessoas pedindo por teorias em uma cadeira estritamente prática. 
   Mas isso não abala a confiança do grupo em momento algum. Sabemos que o impossível só se torna de fato impossível quando não tentamos ou quando não damos importância a algo. O que realmente não acontece, basta acessar nosso canal no Youtube e ver os trabalhos produzidos. O que me conforta é saber que o nosso presente divino ainda está pra chegar e quando ele chegar nossas vidas com certeza vão mudar para melhor. Definitivamente.


   Para quem se interessar pelos nossos trabalhos, da um clique aqui.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

That's What I Am

   Acabei de assistir um filme maravilhoso chamado "That's What I Am". Não vou adiantar NADA sobre o filme para o caso de que algum leitor queira assistir, direi apenas de que trata o bullying da visão de quem não sofreu diretamente. É difícil um filme me fazer chorar mas esse conseguiu. Confesso que já estive no lugar daqueles personagens durante a escola mas graças a algo que não sei dizer, as coisas que ouvi naquela época não me afetaram. Mas apesar de tudo ainda posso lembrar, com nojo, daquela época. Porém, muitas pessoas não conseguem superar as piadas, xingamentos e coisas piores que tem passar durante a escola e acabam por tirar a vida. Você já parou pra pensar nisso? Quantas vidas são destruídas apenas com uma palavra, um empurrão, um murro ou uma gozação dentro de uma sala de aula?
   Sim, pois quando uma palavra é dita muitas vezes ela machuca muito mais do que parece. Muito mais do que uma dor física, ela machuca a alma. E nessas tantas vezes você pode ser o culpado. Será que em algum momento da sua vida você foi responsável pelo fim da vida de outra pessoa? Sim, fim da vida porque a pessoa não precisa morrer pra que sua vida acabe. Existem outros meios de isso acontecer e na maioria dos casos são meios que tornam a pessoa miserável. Quantos meninos e meninas sofrem calados por não poder assumir sua homossexualidade? O medo da reação da família, dos amigos, das pessoas em geral faz com que eles vivam em um mundo totalmente fechado e impenetrável na maioria das vezes. Você gostaria de viver assim? Já se imaginou vivendo assim? Em um mundo onde você não tem o apoio das pessoas que ama, um mundo onde o fato de você ser quem é te condena a ser a pior pessoa do mundo. 
   E não é só isso, pessoas que são mais altas, mais baixas, tem orelhas maiores, ou manias incomuns também sofrem. Essas pessoas também são erradas por serem assim? Pelo simples fato de serem quem são? Pare um minuto e pense no que você já teve que passar na sua vida e se gostaria de passar por isso novamente. Agora pare e pense se gostaria que seus amigos passassem por isso. Por mais que você ignore, faça de conta que isso não acontece, BAM! Isso acontece e muitas vezes bem em baixo do seu nariz. E sabe o que é pior? Você continua negando que isso existe e mais pessoas sofrem a cada dia. 
   Vivemos em um mundo onde o mais bonito vence. Mesmo que esse mais bonito não tenha um diploma, qualquer tipo de estudo e muitas vezes nem um pingo de talento. Baste ter um rosto bonito, uma bunda grande e saber falar. Falar, abrir a boca e pronunciar palavras. Porque saber falar é coisa para pessoas capacitadas. Nesse mundo real não há espaço para pessoas "feias", estranhas, que fogem ao senso comum. Enquanto as coisas forem assim essas pessoas vão continuar a deitar a cabeça no travesseiro todas as noites e chorar pra que o dia seguinte não comece, pra que não existam que zombem delas pelo simples motivo de serem quem são. Enquanto esse mundo continuar assim mais vidas vão ser destruídas por uma risada ou por uma palavra.